segunda-feira, 18 de maio de 2009

Eta comida cara!

As pessoas que trabalham na Cidade Universitária Pedra Branca, principalmente as que atuam na Unisul, têm dificuldade para se alimentar. E não é pela variedade, mas em função dos preços salgados que obrigam muitas dela a fazer uma dieta, forçada pela escassez no bolso. Conversando com os comerciantes da área, surpreendeu-me a resposta de que eles primam pelo atendimento de qualidade.
Além disso, afirmaram que praticam o valor mais justo, procurando trabalhar com distribuidores mais em conta para refletir no bolso do consumidor. Em uma das justificativas, foi exemplificada com uma coxinha que chega a eles por R$1,30 e é vendida ao consumidor a R$2,00. Para dar lucro – segundo eles - precisariam tirar o óleo, guardanapo e outros ingredientes. Um comerciante afastou qualquer possibilidade de baixar seus preços, alegando que seu lucro é de 10%. Um possível desconto simulado em torno de 20%, para beneficiar os que trabalham e estudam na Unisul somente na alimentação, é considerando inviável, por entender que não há como repassar esse custo para outros produtos comercializados no restaurante.
As empresas enumeram gastos comuns, com funcionários, treinamentos, higienização, condomínio, aluguel, manutenção de equipamentos (freezer, balcão, etc ). Porém, nenhum admitiu uma forma de desconto direcionada a este público. Vamos considerar o poder do consumidor e propor a alternativa repassar aos que pagam em dinheiro vivo os 5% que o cartão de crédito ou de débito consome do restaurante. Por que não? O dinheiro do cartão de crédito leva um mês para chegar aos bolsos dos donos de restaurantes, enquanto o dinheiro vivo é na hora.
Vamos simular no consumo do famoso P. F. – prato feito – que a Unisul seja o prato, o comerciante a refeição e os consumidores os talheres. O valor do prato não se altera, enquanto os talheres ficam na habilidade de manusear a refeição, entre o prato e a boca. E o comerciante? Justamente esse é que empurra a comida a qualquer preço pela goela a baixo. Quem sabe comecemos a deixar os pratos vazios e os talheres em greve de fome. A comida, para não estragar-se, precisaria ganhar um sabor a mais nos preços.

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